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Você sabia que horários flexíveis e trabalho remoto geram Solidão e Esgotamento?

Aqui no Brasil, os RHs em geral, buscam adequar sua políticas de gestão de pessoas. E o objetivo é oferecer o melhor para reter os talentos em suas empresas. Por isso, é cada vez mais comum a adoção do chamado horário flexível e do trabalho remoto. Inclusive para cargos além dos de liderença.Mas o RH precisa saber que isso pode gerar consequências indesejáveis. Saiba o que fazer para evitar isso.

 

As consequências no primeiro instante


Uma pesquisa da Upwork, empresa americana que pesquisou 18.000 trabalhadores em 96 empresas que adotam as duas práticas acima, mostram claramente as vantagens advindas das mesmas:

 

1 – os entrevistados disseram apreciar as horas flexíveis e o trabalho remoto. Entendem  que esses benefícios são tangíveis.

 

2 – economizam tempo em deslocamentos, há economia financeira real com gastos em combustível e alimentação (50% menos em almoços fora de casa).

 

3 – a qualidade da vida em família aumentou. Uma vez que conseguiram criar uma agenda que permite por exemplo, acompanhar os filhos pequenos na escola.

 

4 – economizaram também em outras despesas. Por exemplo a contratação de um terceiro para levar as crianças à escola ou em outras atividades.

 

Aqui no Brasil, grande parte da força de trabalho ativa, possui filhos pequenos e portanto, sente diretamente esses benefícios. Por isso é compreensível que eles sejam tidos a conta de grandes diferenciais na escolha do próximo emprego. E por isso mesmo, as áreas de RH tem se desdobrado em oferecê-los das mais diversas formas e para o maior público possível.

 

Veja aqui os resultados da pesquisa do Upwork: https://goo.gl/1NYMYR 

 

Mas nem tudo é positivo ai. Há outras consequências sendo criadas.


 

Toda estrutura humana e social é complexa e dependente de inúmeras variáveis. Isso equivale a dizer que quando um fator existente é alterado, além do resultado almejado, outras consequências não previstas podem surgir. Isso foi demonstrado pela pesquisa do Instituto Gallup, que envolveu 9.917 adultos empregados. Um risco inesperado para aqueles que usufluem do horário flexível e do trabalho remoto, é o esgotamento físico e mental. 

 

Mas como assim?


 

As pessoas que usam políticas flexíveis ou remotas geralmente se sentem mais agradecidas a seus empregadores. Essa sensação de endividamento pode levar alguns funcionários remotos a manterem o pé no acelerador até ficarem sem combustível. Usando a teoria da troca social, os pesquisadores sugerem que “os funcionários respondem à capacidade de trabalhar com flexibilidade, exercendo um esforço adicional, a fim de devolver benefícios ao seu empregador”. Parte da intensificação acontece no nível do empregado (escolhas que fazem para “retribuir o favor”. ”), Mas frequentemente, é o empregador que intensifica a carga de trabalho com solicitações que não podem ser realizadas dentro de determinados prazos. 

 

Resultado disso: esgotamento físico e mental para o empregado.

 

Acesse aqui o relatório completo do

Instituto Gallup – https://goo.gl/qEFd3C 

 

Como resolver ou mitigar essa consequência?


Para garantir que os funcionários experimentem gratidão em vez de servidão endividada. Vá além das atualizações do projeto e das conversas relacionadas ao trabalho. Os líderes precisam saber o que está acontecendo com seu pessoal além do seu trabalho. Por exemplo, seja sensível aos funcionários que viajam muito. Em vez de registrá-los em dezenas de reuniões em seu retorno, dê-lhes algum tempo para se reconectar com a família e recarregar.

 

Repense quais atributos constituem “acima e além”. Trabalhando por mais horas, respondendo e-mails tarde da noite, aproveitando o fim de semana, adoecendo, acumulando dias de férias, sem dormir – esses atributos são frequentemente considerados “altos”. realizando “traços. No entanto, tudo o que faz é aumentar e recompensar os comportamentos de esgotamento. Em vez disso, dê o exemplo e incentive sua equipe virtual a desacelerar (mesmo quando não quiser) apoiando intervalos para a saúde mental, tirando férias e passando tempo com a família.Lembre-se de que os funcionários remotos são mais difíceis de diagnosticar com o burnout porque você não consegue ver as mudanças em sua personalidade no dia-a-dia. Assegure-se de que haja um processo de check-in e de estar ciente dos sinais.

 

Solidão


 

A alegria do trabalho remoto experimentada nos primeiros dias, pode se transformar em solidão com o passar do tempo. Um estudo conduzido pela dra. Julianne Holt, da Universidade de Brigham, estabeleceu a conexão entre solidão e a mortalidade prematura. “Há fortes evidências de que o isolamento social e a solidão aumentam significativamente o risco de mortalidade prematura, e a magnitude do risco excede a de muitos dos principais indicadores de saúde”, disse Holt.

 


 

 

 

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O que o RH pode fazer quanto a isso?


 


Uma opção nesse caso, seria estabelecer no mínimo “um dia presencial” por semana junto da equipe. Esse mesmo estudo apontou que trabalhadores que aderiram a essa prática, se consideram mais felizes e relatam uma taxa maior de engajamento com o trabalho. Também disseram, diferentes dos empregados 100% remotos, que tinham um amigo no trabalho e que sua empresa oferecia oportunidades de aprender e crescer.Veja que isso tudo não é pouco. São condições que no médio e longo prazo, podem fazer toda a diferença na retenção dos talentos tão preciosos que sua organização precisa para continuar crescendo.


 


E você, gestor de RH. O que achou disso? Na sua empresa, algum desses sinais já são percebidos? Como você pensa em lidar com eles quando surgirem?Escreva para mim relatando suas experiências. Esse é um lado que até agora não vi exposto pelos RHs. Vamos compartilhar e aprender juntos?


 


Espero sua participação.


 


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Veja aqui o  que a addestro pode fazer para ajudá-lo enquanto gerente de RH.Escreva para mim. Quero ouvir suas reflexões e comentários.