Cultura, Liderança

Seus RTVs estão preparados para enfrentar os novos desafios do campo?

Alguns segmentos como o eletrônico, são marcados por ciclos de vida extremamente curtos. Quando uma empresa desse setor, lança um novo produto, sua área de pesquisa já está trabalhando na obsolescência do mesmo e preparando uma versão nova, diferente e em geral mais sofisticada. Tudo isso ocorre em ciclos de tempo bem curtos. Dizem os especialistas que é para dar conta da volúpia dos consumidores por novidades e dos acionistas por maiores lucros.

Independente de ser uma coisa ou outra, o fato é que cada mudança dessas ou cada ciclo, gera uma necessidade de preparo e adaptação tanto de máquinas e recursos, quanto principalmente de pessoas habilitadas para a continuidade do desenvolvimento.

No agronegócio os ciclos de vida dos produtos são mais largos e o próprio segmento está preso ao ciclo do plantio e colheita, que regem as intenções de compra e venda no mercado. A vida no campo acorda com o tempo do arar e plantar, que movimenta o mercado de máquinas, suplementos, sementes etc; e vai dormir com o tempo da colheita e da aferição dos resultados. Às vezes consegue dormir um sono tranquilo, mas tem sido mais comum a ocorrência de alguns pesadelos durante a noite.

A dominação chinesa do mundo é irrefutável e é melhor que os tradicionais fornecedores para esse setor, se acostumem com as colheitadeiras e tratores chineses, que em breve estarão chegando às terras tupiniquins. As grandes empresas químicas ligadas ao agro, já entendem muito bem o significado dessa invasão e a luta pelo espaço e pelo preço, são hoje fatos consumados nas prateleiras de qualquer Casa Agro espalhada pelo Brasil.

Na esteira dessa realidade e fugindo da competição por preços apenas, gigantes do setor como a Monsanto, investem pesado em plataformas e dispositivos que coletam dados, além de aplicativos web e mobile, que processam automaticamente as informações das máquinas agrícolas em mapas e relatórios. Essas informações são transferidas para a nuvem por meio de banda larga e podem ser acessadas de qualquer lugar pelo produtor.

Essas plataformas agrupam informações de diferentes áreas, tais como: melhoramento genético; biotecnologia; práticas agronômicas que através de algoritmos “inteligentes” analisam dados, fornecendo insumos digitais mais completos para uma tomada de decisão mais eficiente ao produtor.

Atualmente, a empresa estima que somente 10% das lavouras brasileiras possuem estrutura para usar o serviço, mas que esse número deve crescer rapidamente com o aumento da oferta de serviços dos setores de comunicação.

E o que isso tem a ver com o RTV e sua rotina diária?

Ocorre que quando o produtor opta por plantar soja, por exemplo, ele precisa tomar entre 40 e 50 decisões, que vão desde a escolha do tipo de semente, a adubação, o uso de defensivos até a época de colheita, a escolha de equipamentos, o armazenamento, transporte e comercialização”. Quem o ajuda nisso tudo até esse momento? Você acertou se respondeu o engenheiro agrônomo de confiança. Em geral, o agrônomo que está atrás do RTV. Aquele que precisa dar conta de vender “o seu peixe” para cumprir metas de resultados cada vez maiores, e que quase nunca consegue dar conta de todos os clientes que tem em sua carteira e que por isso mesmo, desconhece detalhes ocorridos na última safra, que também não possui os dados detalhados de produtividade da área e nem as expectativas de crescimento do seu cliente.

Esse profissional é severamente pressionado pelos seus patrões para a entrega de números e lucro. Por isso mesmo, assim que sistemas inteligentes como os desenvolvidos pela Monsanto, forem mais comuns, o papel tradicional e calcado apenas no relacionamento, praticado por parte desses profissionais, se tornará obsoleto e desnecessário.

Esse fato precisa ser suficiente para gerar uma profunda reflexão dos dirigentes de áreas comerciais e de recursos humanos sobre o futuro desse profissional e da forma com o mesmo tem atuado no mercado. É necessário fazer uma revisão radical da atuação e principalmente da interação deste com o produtor e o mercado, de forma a garantir o uso inteligente dos seus conhecimentos; sabendo que as informações mais básicas, mais elementares, serão obtidas pelo produtor, no conforto do seu lar, a custo muito acessível e de forma absolutamente impessoal.

 

Sua empresa está levando em conta esse cenário?

Seu time de vendas está sendo preparado para esse futuro?

A mudança é a única certeza que temos. E ela virá. Mesmo em um segmento de hábitos ainda tão conservadores. Conservadores sim, burros não. Nenhum produtor ficará esperando pela opinião de um RTV que só conseguirá visitá-lo em semanas, se pode obter o que precisa com umas poucas digitações.

Agora é a hora de pensar e de se preparar para isso.

A Addestro pode ajudar sua empresa a se preparar para esse novo tempo.